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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Desistência de tratamento em clínica de recuperação de dependentes químicos é altíssima


Para mudar a estatística de desistência de tratamentos de droga a FEBRACT- Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas traz ao Ceará, o curso que tem por objetivo capacitar conselheiros, lideranças comunitárias, profissionais da saúde, e famílias de adictos. A preocupação não é atoa, pois de cada 100 pessoas que iniciam o tratamento para largar a dependência química, 50% recaem nos primeiros seis meses, 90% voltam às drogas no período de um ano, e apenas 10% se recuperam. E de cada 30% que inicia o tratamento 10% nunca mais usa droga, 20% recai, mas encontra outra forma de ficar limpo.

O jovem de 19 anos, que prefere não ser identificado, está livre do crack há quase um ano. Para sair do vício não foi muito fácil, “Tive que perseverar confiar em Deus e em mim,” conta.  Depois de passar mais de seis meses confinado em uma Comunidade Terapêutica (casa de recuperação) em Aquiraz-Ce, longe da família e da pedra, o jovem abandonou as más amizades, e hoje está limpo. Mas ele conta que enquanto esteve na casa, viu muitos jovens desistirem poucas semanas depois de começar o tratamento. “Na primeira semana que entrei, saíram sete, foi desanimador. E durante toda a minha estadia, mais de 100 desistiram. Alguns fugiam outros a família levava,” lamenta.

Segundo Cláudio Leite, coordenador do curso da FEBRACT, no Ceará, o problema da reincidência está na má capacitação dos profissionais que lidam com os dependentes químicos no tratamento. Ele afirma não adianta investir tanto dinheiro em estruturas e não capacitar quem vai participar do tratamento do usuário de drogas. “Para a recuperação ser eficaz, o psicólogo, o terapeuta, os monitores, devem compreender o efeito da droga no organismo, a família também deve estar preparada para acompanhar o tratamento,” conta.

Nos anos 80, o dependente químico que queria lagar o vício, era trancafiado nas clínicas psiquiátricas. Nessas clínicas moravam com doentes mentais. Depois, o paciente retornava à vida normal para se virar como pudesse. Embora as casas de recuperação tenham se multiplicado no país nos últimos 10 anos, o número de dependentes químicos cresceu no Brasil. Hoje são cerca de 900 mil segundo o relatório mundial de drogas 2010.

Para mais informações: (85) 9694-7028 (Cláudio Leite) ou (85) 8873-3370 (José Carlos) ou pelo e-mail:cursofebractce@bol.com.br /


Marcella Brandão- Assessora de comunicação (85) 9920-3434

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